sexta-feira, 24 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
Oração
"Minha dor, essa é a última extração,
pra salvar sua lesão.
A lesão não é tão simples quanto pensa,
Nela cabe toda sua despensa...
Cabe a minha dor!
Cabem três cistos inteiros...
Cabe uma penteadeira
Cabem nós dois!
Cabe até a minha dor...
Essa é a ultima extração
Pra salvar sua lesão..."
Inspirado pelo VDD
terça-feira, 24 de maio de 2011
Plágio na Ciência
Na última edição da revista Ortho Science, um dos editoriais trata do plágio na ciência. Relata um caso ocorrido na USP, onde um professor, com 15 anos de casa, foi demitido e outra pesquisadora está com seu título de Doutorado sendo cassado. Tudo por conta da cópia de imagens de outro trabalho acadêmico, para a dissertação da tese.
Com certeza esse não é o primeiro caso e não será o último de plágio em trabalhos acadêmicos. O que chama atenção neste caso é que o professor citado era o orientador do Doutorado da aluna que realizou a cópia. E este também foi responsabilizado, muitas vezes sem tomar conhecimento (ou sendo conivente, de certo modo). Acabou sendo demitido, mostrando que um orientador de qualquer trabalho deve ter total conhecimento e controle sobre o assunto e tema dissertado, além de confiar na idoneidade de seu orientado. Quem produz e quem orienta o trabalho deve ficar atento.
Infelizmente, o plágio também parece ser comum na internet (bem comum, na verdade). Recentemente, um caso no blog Dicas Odonto mostrou que o plágio da internet não fica somente na própria internet. Foi parar em um jornal diário. Pessoas despreparadas copiam um conteúdo e muitas vezes acabam por distorcer seu sentido.
O que vale é ficar atento, e na suspeita de plágio, comunicar os envolvidos.
Afinal, plágio é crime!
O editorial citado está no volume 3, número 13 da Ortho Science e foi escrito por Ricardo Moresca.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
As prescrições ortodônticas
Andrews, Ricketts, Roth, MBT, Capelozza. Todos esses nomes (na realidade, seus sobrenomes) são de conhecimento do ortodontista e, em geral, do cirurgião-dentista clínico.
O início na especialidade da Ortodontia foi com Edward H. Angle, e seu aparelho Edgewise. Angle seguia uma filosofia conservadora, onde pensava ser necessária a presença de todos os elementos dentais para um correto posicionamento das arcadas. Ainda Angle foi o precursor dos aparelhos ortodônticos como os conhecemos hoje.
Na década de 60, Lawrence Andrews realizou uma pesquisa para comparar a oclusão normal natural com os resultados de tratamentos ortodônticos considerados bem finalizados dos melhores ortodontistas do país. Andrews determinou as metas terapêuticas a serem alcançadas na Ortodontia a partir de seus estudos. Estabeleceu onde seriam as posições mais adequadas para os dentes sob o ponto de vista anatômico e, além disso, determinou uma linha de referência na coroa dentária para que se efetuasse um correto posicionamento da peça, o eixo vertical da coroa. Foram criados assim os braquetes totalmente programados, com angulações e inclinações embutidas à peça.
Robert M. Ricketts deu origem a uma inovadora filosofia de tratamento ortodôntico denominada Terapia Bioprogressiva, bastante utilizada atualmente. Ricketts almejava realizar o tratamento ortodôntico através de um sistema mecânico simples, com forças leves e, acima de tudo, biologicamente confiável. Tomou como referência o seccionamento dos arcos sugerido por Burstone, idealizando uma mecânica segmentada, com o arco base e suas variações.
Após muitos anos de uso clínico do aparelho Straight Wire, proposto por Andrews em 1972, John Bennett e Richard McLaughlin proporam novas mudanças nos braquetes. As características da peça Straight Wire padrão eram derivadas de modelos normais não tratados ortodonticamente (estudados por Andrews), que possuíam bases ósseas adequadas, ou seja, elas eram arredondadas e largas, e eles observaram que muitos dos casos tratados em consultório tinham bases estreitas. Em asociação a Hugo Trevisi, surgiu a prescrição MBT, de McLaughlin, Bennett e Trevisi.
Leopoldino Capelozza Filho e equipe amadureceram o pensamento de McLaughlin, Bennett e Trevisi, de que embora o movimento de translação dentária, efetuado pelo ortodontista, provoque perda da angulação de alguns dentes (caninos ou pré-molares), a permanência do arco retangular no slot do braquete acaba por reintroduzir o posicionamento ideal perdido no ato do movimento, não sendo necessária a individualização do braquete para a movimentação ou translação. Dividindo sua prescrição em padrões faciais, Capelozza criou braquetes visando a individualização dos casos, do ponto de vista de perfil facial e ósseo.
Percebe-se que vários pesquisadores aplicaram seus conhecimentos no desenvolvimento de braquetes, a fim de resolver seus casos da melhor maneira possível, cada um a seu modo. Muitas variações existem, como prescrições Damon, Alexander, Viasis, dentre outros e cabe ao ortodontista aplicar a técnica considerada por ele mais correta e viável ao caso a ser corrigido.
Leitura OBRIGATÓRIA ao ortodontista e bem interessante ao clínico geral:
O início na especialidade da Ortodontia foi com Edward H. Angle, e seu aparelho Edgewise. Angle seguia uma filosofia conservadora, onde pensava ser necessária a presença de todos os elementos dentais para um correto posicionamento das arcadas. Ainda Angle foi o precursor dos aparelhos ortodônticos como os conhecemos hoje.
Na década de 60, Lawrence Andrews realizou uma pesquisa para comparar a oclusão normal natural com os resultados de tratamentos ortodônticos considerados bem finalizados dos melhores ortodontistas do país. Andrews determinou as metas terapêuticas a serem alcançadas na Ortodontia a partir de seus estudos. Estabeleceu onde seriam as posições mais adequadas para os dentes sob o ponto de vista anatômico e, além disso, determinou uma linha de referência na coroa dentária para que se efetuasse um correto posicionamento da peça, o eixo vertical da coroa. Foram criados assim os braquetes totalmente programados, com angulações e inclinações embutidas à peça.
Robert M. Ricketts deu origem a uma inovadora filosofia de tratamento ortodôntico denominada Terapia Bioprogressiva, bastante utilizada atualmente. Ricketts almejava realizar o tratamento ortodôntico através de um sistema mecânico simples, com forças leves e, acima de tudo, biologicamente confiável. Tomou como referência o seccionamento dos arcos sugerido por Burstone, idealizando uma mecânica segmentada, com o arco base e suas variações.
Após muitos anos de uso clínico do aparelho Straight Wire, proposto por Andrews em 1972, John Bennett e Richard McLaughlin proporam novas mudanças nos braquetes. As características da peça Straight Wire padrão eram derivadas de modelos normais não tratados ortodonticamente (estudados por Andrews), que possuíam bases ósseas adequadas, ou seja, elas eram arredondadas e largas, e eles observaram que muitos dos casos tratados em consultório tinham bases estreitas. Em asociação a Hugo Trevisi, surgiu a prescrição MBT, de McLaughlin, Bennett e Trevisi.
Leopoldino Capelozza Filho e equipe amadureceram o pensamento de McLaughlin, Bennett e Trevisi, de que embora o movimento de translação dentária, efetuado pelo ortodontista, provoque perda da angulação de alguns dentes (caninos ou pré-molares), a permanência do arco retangular no slot do braquete acaba por reintroduzir o posicionamento ideal perdido no ato do movimento, não sendo necessária a individualização do braquete para a movimentação ou translação. Dividindo sua prescrição em padrões faciais, Capelozza criou braquetes visando a individualização dos casos, do ponto de vista de perfil facial e ósseo.
Percebe-se que vários pesquisadores aplicaram seus conhecimentos no desenvolvimento de braquetes, a fim de resolver seus casos da melhor maneira possível, cada um a seu modo. Muitas variações existem, como prescrições Damon, Alexander, Viasis, dentre outros e cabe ao ortodontista aplicar a técnica considerada por ele mais correta e viável ao caso a ser corrigido.
Leitura OBRIGATÓRIA ao ortodontista e bem interessante ao clínico geral:
quarta-feira, 18 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Como saber a marca dos aparelhos ortodônticos
Lendo o Netdentista, vi um post (com comentários polêmicos e censurados) falando sobre como reconhecer a marca de um implante odontológico instalado.
Realmente é uma dificuldade para o cirurgião-dentista, quando recebe o paciente egresso de outro colega que realizou o implante, e não há o contato entre os profissionais. Para diferentes marcas de implantes, diferentes componentes para a moldagem e confecção da prótese definitiva. Muitas marcas não são intercambiáveis, o que pode tornar a vida de quem realizará a prótese bem difícil.
Confira o artigo em questão aqui.
Mas e quando isso ocorre com o ortodontista? Pacientes que trocaram de profissional, de cidade ou haviam interrompido um tratamento são cada vez mais rotineiros no consultório. Nesse caso, mais importante do que a marca comercial do aparelho ortodôntico instalado, é a sua prescrição. Resumidamente, as prescrições são como "individualizações" das angulações e inclinações das peças para os casos a serem tratados de cada paciente. Este será o tópico de um post futuro. Como exemplos, pode-de citar os tipos de prescrição: MBT, Capellozza e Roth.
Como muitas vezes o paciente possui peças quebradas, soltas e/ou faltantes, é desejável não misturar-se prescrições diferentes em um mesmo caso.
Muitas marcas comerciais trabalham com diferentes prescrições, e o ideal é não utilizar diferentes marcas, mesmo possuindo a mesma prescrição, pois variações ocorrem e podem ser grandes, dificultando a finalização e bom acabamento do caso.
O razoável é contatar o ortodontista que iniciou o tratamento e requisitar qual marca e prescrição ele utilizou. Não sendo possível o contato (por diversas razões) ou o esclarecimento dos dados, pode-de fotografar o caso, quando há dúvidas da marca, e entrar em contato com outros colegas. Mesmo assim, determinar a prescrição correta utilizada no tratamento pode ser impossível.
Realmente é uma dificuldade para o cirurgião-dentista, quando recebe o paciente egresso de outro colega que realizou o implante, e não há o contato entre os profissionais. Para diferentes marcas de implantes, diferentes componentes para a moldagem e confecção da prótese definitiva. Muitas marcas não são intercambiáveis, o que pode tornar a vida de quem realizará a prótese bem difícil.
Confira o artigo em questão aqui.
Mas e quando isso ocorre com o ortodontista? Pacientes que trocaram de profissional, de cidade ou haviam interrompido um tratamento são cada vez mais rotineiros no consultório. Nesse caso, mais importante do que a marca comercial do aparelho ortodôntico instalado, é a sua prescrição. Resumidamente, as prescrições são como "individualizações" das angulações e inclinações das peças para os casos a serem tratados de cada paciente. Este será o tópico de um post futuro. Como exemplos, pode-de citar os tipos de prescrição: MBT, Capellozza e Roth.
Como muitas vezes o paciente possui peças quebradas, soltas e/ou faltantes, é desejável não misturar-se prescrições diferentes em um mesmo caso.
Muitas marcas comerciais trabalham com diferentes prescrições, e o ideal é não utilizar diferentes marcas, mesmo possuindo a mesma prescrição, pois variações ocorrem e podem ser grandes, dificultando a finalização e bom acabamento do caso.
O razoável é contatar o ortodontista que iniciou o tratamento e requisitar qual marca e prescrição ele utilizou. Não sendo possível o contato (por diversas razões) ou o esclarecimento dos dados, pode-de fotografar o caso, quando há dúvidas da marca, e entrar em contato com outros colegas. Mesmo assim, determinar a prescrição correta utilizada no tratamento pode ser impossível.
Marcadores:
Marca; aparelho; ortodôntico; dentista; orto
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